segunda-feira, janeiro 17, 2011
Diário de Júlia - Continuação
O primeiro dia de aula
Aquele dia foi o dia mais assustador que eu já poderia ter tido em minha vida! Acordei cedo e logo fui me arrumar para ir ao colégio, as aulas começariam naquele dia, eu sentia um frio em minha barriga e um imenso medo do que estava por me esperar. E se os alunos fossem todos aqueles metidinhos? Mas é claro que seriam, eu estou em Copacabana! Que adolescente daqui não é metidinho?! Assim que terminei de me arrumar eu estava com uma calça jeans, a camiseta do colégio, e uma rasteirinha preta, peguei meus materiais e fui até a cozinha, minha mãe estava lá esperando por mim, ela estava com aquele mesmo sorriso de ontem a noite, tão feliz, eu amo a ver assim, vê-la feliz me tirava todo e qualquer medo que eu sentia, peguei um suco para mim e me sentei na mesa observando-a, e ela logo começou a falar como sempre.
- Ju, quer que eu te leve na escola hoje? Eu vou entrar no serviço somente as 9:00h se quiser eu posso te levar.
Enquanto falava ela estava arrumando a cozinha, lavando umas louças, secando-as e colocando no lugar enquanto eu comia, ela pelo jeito já teria tomado o seu café da manhã. Café da manha para mim sinceramente é uma refeição inútil, por isso sempre só tomo um suco, eu costumo vomitar se eu comer cedo, ainda mais em dias como hoje em que eu estou extremamente ansiosa.
- Não precisa me levar não mãe, ainda está cedo e eu prefiro ir andando, pelo menos assim eu vou conhecendo por aqui né?
Nós rimos juntas, e continuamos ali na cozinha, caladas. Já eram 6:40 quando eu resolvi sair, o horário de entrada do colégio era as 7:10 então daria tempo de chegar lá tranquilamente, me levantei da mesa e fui até minha mãe, a dei um abraço e um beijo na bochecha, logo em seguida falando:
- Estou indo mãe, boa sorte com todos lá na agencia do banco tá? Te amo.
- Obrigada filha, tenha uma boa aula.
É minha mãe não é muito de dizer que me ama, eu também não sou de dizer isto para ela, não sei por que mas hoje me deu essa vontade de dizer a ela que a amo. Fui andando para o colégio, eu observava a praia com bastante atenção, já havia várias pessoas na rua, algumas correndo, outras estavam indo trabalhar, e eu notei um garoto, ele estava com o mesmo uniforme que eu, parecia ter por volta dos 17 anos, ele era incrivelmente lindo, ele andava com mais três garotos, vestidos da mesma forma, eles estavam do outro lado da rua, não haviam me notado ainda, eu andava olhando para eles, e como desastrada que sou, quase levo um tombo daqueles, comecei a rir sozinha na rua , e passei a olhar pra frente, o rosto daquele garoto não saía de minha mente, eu já ia chegando ao colégio quando os vi novamente em uma lanchonete quase de frente ao colégio eles riam juntos e abraçavam umas garotas, elas pareciam ser bem metidas e ricas, resumindo? Eram patricinhas puras! Eu não me dou muito bem com essas garotas, elas me parecem tão fúteis. Eu finalmente entrei no colégio, eu estava procurando a sala em que eu iria ficar 2º ano A, até que enfim achei a tal sala. Lá já estava cheio de alunos, todos conversavam amigavelmente, é parece que não há muitos novatos por aqui.
Eu me sentei na única cadeira vaga que havia lá ainda, na terceira fila da parede, quando notei todos estavam olhando pra mim, eu fingi não perceber e me sentei. Eu estava mexendo na minha bolsa procurando meu mp4 até que achei ele, assim que coloquei os fones no ouvido fui surpreendida com uma garota ruiva sentada a minha frente que me cutucava, acho que ela queria conversar. Tirei os fones do meu ouvido e ela logo começou a falar.
- Oi, tudo bem? Você deve ser a nova aluna, Júlia, certo?
- Sim, mas como você sabe meu nome?
- Ah, sim, todos aqui sabem da sua chegada, você foi a única aluna aceita para o colégio! Dizem que 40 alunos tentaram entrar aqui, mas só você foi aceita.
OMG, só essa que me faltava! Eu estava tendo um colapso nervoso dentro de mim mesma. Se não me bastasse tudo o que já havia acontecido, eu ainda sou conhecida no colégio inteiro por ser a única aluna a ser aceita! Aposto que isso é coisa da minha mãe, o dono daqui no mínimo deve ser amigo dela. Certeza! Eu sorri envergonhada para a menina e logo o sinal para o início da aula tocou.
( Eu estou escrevendo uma história, ela terá continuação em próximos posts, por favor sintam-se a vontade para comentarem e darem sugestões! todas serão muito bem vindas!)
Beijos, Gabe :*
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- A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. Calos Drummond de Andrade
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3 comentários:
Heeey, adoorei seu blog! Faz uma visitiinha no meeu, please?' Beeeijaao' ;*
adoorei o blog, seguindo tambem *-*
http://linepicoli.blogspot.com/
Oi.. adoro histórias assim...Parece novelas.Sempre novos capítulos (:
Continue assim.
beijos
www.desaforosdeumaadolescente.blogspot.com