domingo, janeiro 16, 2011

Diário de Júlia - O inicio de tudo


29 de junho de 2010
            Eu sinceramente nunca me imaginei escrevendo um diário, isso é algo totalmente estranho e desconhecido para mim, eu não sei como começar, mas acho que primeiro irei me apresentar.
Olá, me chamo Júlia, tenho 15 anos, e faço aniversário no dia 17 de agosto. Porque eu estou escrevendo isso? Não sei, acho que só por escrever mesmo, mas prometo que esse diário eu não deixarei para trás, não me esquecerei dele no segundo dia em que escrever pelo menos eu espero que seja assim. As aulas acabaram hoje, bem foi bom isso ter acontecido, porque digamos que não sou a aluna mais amada do colégio (risos). Desde que meus pais se separaram no inicio deste ano as coisas mudaram bastante em minha vida. Morávamos em Brasilia - DF e de repente minha mãe resolveu que iria vir morar no Rio de Janeiro, digamos que foi uma mudança bastante dolorosa, lá eu tinha meus amigos, minha turminha de sempre, eu já conhecia todos do colégio e tudo era bem mais fácil. Chegamos no Rio já era inicio do mês de Fevereiro, minhas aulas começariam naquela mesma semana, e isso era bastante assustador, nem tempo para conhecer alguém da cidade eu teria. Só havia duas vantagens em mudarmos de cidade, uma, meu pai ficaria em Brasilia e eu realmente não queria a presença dele perto de mim e da minha mãe, ele já a fez sofrer demais, e duas, o Rio de Janeiro sempre foi uma cidade que me encantou desde que eu era pequena. O apartamento que minha mãe comprou ficava em frente a praia de Copacabana, isso quer dizer que eu poderia ir a praia sempre que quisesse para ver o mar, e o por do sol, iria lá sempre a noite, afinal eu não gosto mesmo de ficar “torrando” no sol como todas essas outras garotas gostam. Terminamos de arrumar a nossa mudança no domingo já quase a noite, fui para o meu quarto, ele é realmente lindo, aquele tenho certeza que seria o meu refúgio a cada momento em que eu me sentisse sem chão. Eu não estava muito animada para morar aqui, mas sempre sorria e me mostrava feliz, afinal minha mãe ficaria bastante chateada se soubesse que eu vim para cá, um pouco sem querer. Fui até a janela do meu quarto e de lá era possível ver a praia, que eu descobri ser realmente linda como todos sempre me disseram. Apesar de quando criança já ter vindo ao Rio de Janeiro algumas vezes eu nunca havia vindo na praia de Copacabana, do janela do meu quarto dava para perceber as pessoas desmontando os guarda-sóis, e a praia ia esvaziando aos poucos. No dia seguinte iriam começar minhas aulas, minha mãe havia me matriculado em um colégio ali perto mesmo, e eu confesso que estava com medo de ir para lá, é sempre assim as pessoas ficariam me olhando, eu já sabia. Fechei a janela e a cortina do meu quarto, tomei um banho e fui jantar. Minha mãe estava pondo a mesa quando eu cheguei até a cozinha, ela estava radiante como há muito tempo eu não a via, e ela então começou a falar toda empolgada:

- Júlia minha filha, voce já deu uma olhada da janela do seu quarto? A vista da praia é maravilhosa não acha? Amanhã eu já começarei a trabalhar, a empresa já acertou tudo da minha transferência.
            Eu ria enquanto via minha mãe falando toda empolgada, ela parecia uma criança descobrindo um mundo totalmente novo, quando ela finalmente parou de falar, eu a respondi:
- Já vi sim mãe, realmente é muito linda a vista.
            Logo em seguida começamos a jantar. Minha mãe trabalhava como gerente de um banco em Brasilia, e conseguiu que seu chefe a transferisse para uma agencia daqui do Rio de Janeiro, isso seria muito bom pra ela. Mesmo eu não estando completamente feliz em estar aqui, ver minha mãe alegre era uma coisa que me fazia me sentir totalmente bem, a felicidade dela, era essencial para o meu bem estar.

( terá continuação nos próximos posts, aceito sugestões, por favor comentem *-*)

1 comentários:

Dafs disse...

Posta mais? Adorei, vou acompanhar *-*

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Gabrielly
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. Calos Drummond de Andrade
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